Cinco dicas para ter um relacionamento feliz e duradouro
No próximo dia 12 de junho, casais apaixonados celebrarão o Dia dos Namorados em todo o Brasil. Jantares românticos feitos em casa ou degustados em restaurantes, caixas de chocolate, buquês de flores, diversos outros tipos de presentes ou até mesmo um singelo “eu te amo” marcarão a data. São importantes gestos que devem servir não somente para comemorar a união, mas para cultivá-la e fortalecê-la.
A psicóloga Fernanda Tochetto sugere mais algumas atitudes a serem tomadas pelos casais para que tenham um relacionamento sadio, feliz e, consequentemente, duradouro:
- Autoconhecimento: “Para tudo na vida um passo essencial e transformador é o autoconhecimento”, afirma Tochetto. Segundo a psicóloga, quanto mais a pessoa entende sobre si mesma, mais ela compreende que o que o outro causa nela muitas vezes está relacionado às suas próprias emoções. Dessa forma, a pessoa consegue perceber quais comportamentos e atitudes desencadeiam determinadas situações que ela não gostaria que ocorresse. “Então, entender suas próprias fraquezas e necessidades faz toda a diferença para que o casal evolua emocionalmente, alcance maturidade e tenha uma relação harmoniosa”, diz.
- Cuidar de si: a psicóloga destaca que aquilo que a pessoa pretende oferecer para o parceiro, em primeiro lugar ela precisa oferecer para si mesma. Conforme Tochetto, a rotina do dia a dia de um relacionamento (família, filhos, problemas financeiros) pode desgastá-lo. Dessa forma, se, diante de todas essas questões, a pessoa não cuidar de si mesma, amar-se, sentir-se bem, feliz e plena, isso pode fazer com ela negligencie seu parceiro, tornando o desgaste ainda maior. “Cuidar de si reflete no cuidado com o relacionamento”, afirma.
- Diálogo e troca: “Eu entendo que o diálogo e a troca são atitudes essenciais”, destaca Tochetto. “Mas como tornar isso presente?”, indaga. De acordo com a psicóloga, muitas vezes se conversa bastante em um relacionamento, mas não sobre aquilo que é realmente necessário. Nesse sentido, ela sugere algumas perguntas-chave: “Como você está se sentindo?”; “Como foi o seu dia?”; “Como você enxerga nosso relacionamento?”; “O que precisa mudar?”. Para Tochetto, essas perguntas básicas precisam ser acompanhadas de momentos específicos. “De acordo com a rotina e preferências, reserve uma hora num dia da semana exclusiva para o casal”, sugere. Para a psicóloga, um casal realmente feliz é aquele que semeia amor, respeito e admiração. “Quando isso faz parte da jornada, quando o casal constrói a sua vida com apoio mútuo, troca e parceria, tudo se transforma”, conclui.
- Elogiar, reconhecer e surpreender: Tochetto destaca que é muito simples às vezes olhar para a pessoa e dizer “Que linda você é!”. Demonstrar que admira e reconhecer o sucesso profissional do parceiro é essencial. “Como você foi bem!”. “Nossa, parabéns pela sua promoção, parabéns pelo seu trabalho!”. Surpreender o parceiro também é importante; com ações que realizava no início, mas que agora estão esquecidas, porque o relacionamento entrou no “piloto-automático”. “Podem ser pequenas coisas, um bilhete, uma música, um jantar, uma bebida, um agradecimento, enfim, que fazem a diferença”, diz a psicóloga.
- Entender o papel dos filhos na relação: quando o casal tem filhos a situação se torna mais complexa e achar um tempo exclusivo para o casal é imprescindível. Para isso, no entanto, é necessário que os papeis que cada membro da família desempenha sejam bem definidos. Segundo Tochetto, os filhos recebem aquilo que os pais estão sentindo, por isso é preciso estarem bem consigo mesmos, e isso virá se for designado um momento para cada um e para o casal.
Para a psicóloga, os pais precisam saber diferenciar o casamento dos filhos. “Quando eu vejo essa confusão de papéis acontecendo em um ambiente familiar, geralmente pelas fraquezas emocionais, insegurança, medos e culpas, eu vejo relacionamentos esfriando e casais se afastando. Isso porque tudo gira em torno de uma criança que um dia pode ser cobrada por isso”, alerta.